Uma vez eu pedi uma indicação de um filme cheio
de reviravoltas lá no Clube dos Cinéfilos no Facebook, algumas pessoas foram
recomendando filmes e eu fui marcando. Eis que alguém me indicou o filme Sem Limites e agora eu estou aqui para falar
sobre o que eu achei.
Sem Limites traz Bradley Cooper no papel de
Eddie Morra, um escritor fracassado que em um dia qualquer se encontra
acidentalmente com seu ex-cunhado na rua e tem por ele oferecida uma pílula
capaz de fazê-lo usar 100% do seu cérebro. Do cara fracassado com uma vida
totalmente sem graça do dia para noite Eddie Morra torna-se um milionário
capaz de triplicar uma quantidade enorme de dinheiro em apenas um dia.
O roteiro desse filme é sem dúvida
inovador. Imaginem só se pudéssemos realmente usar 100% do nosso cérebro
pensante? O ser-humano já é capaz de realizar coisas maravilhosas, mas com o
cérebro completo todos nós seríamos gênios, capazes de enxergar algo apenas uma
vez e memorizar para sempre. Mas claro que tudo tem um preço, Eddie, o
personagem principal do filme começa a se viciar na pílula sem saber que tanto
conhecimento pode matar.
Primeiro eu tenho
que destacar uma participação no filme, uma participação marcante, eu diria.
Não acredito ainda como a equipe da maquiagem conseguiu transformar a
bonequinha da Anna Friel em uma tia acabada com cara de drogada, ótima
participação dela no filme, me fez ter saudades da época de Pushing Daisies.
No elenco também
temos a presença do Sr. Robert De Niro, coisa que não me deixou muito feliz.
Não que eu não goste do De Niro, eu gosto, mas atualmente ele vem tendo
atuações mecânicas, sendo capaz de ser ofuscado até por Bradley Cooper.
Neil Burger, que
ficou famoso por dirigir um filme que eu adoro, O Ilusionista, aplica um bom
roteiro com boas técnicas de filmagem. A fotografia faz parte da originalidade
do filme, em uma cena temos os tons frios em partes que o personagem não está
drogado, os mesmos tons da vida sem graça e fracassada do personagem e em outra
cena não tão distante podemos ver que as cores são bastante saturadas apontando
o foco para os olhos do protagonista, esse efeito de cores e o efeito visão para as coisas além da visão normal do protagonista são aspectos que deram ao filme um efeito esperto e perspicaz.
Eu gostei bastante do filme, mas o desfecho foi o que não me agradou. Não acho que tenha sido o desfecho correto para o filme, não foi tão esclarecedor e ao mesmo tempo foi um final previsível, confuso me fazendo até soltar a frase: "Mas já acabou?"
Enfim, o filme é ótimo, tem mais qualidades do que defeitos, mas ainda faltou um pouco de empenho no final.
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