24 de jan. de 2013

Além da Liberdade (The Lady, 2011)

   No final do ano passado aconteceu um amigo secreto lá no Clube dos Cinéfilos no Facebook onde o presente que trocaríamos seriam indicações de filmes. Eu acabei indicando um filme para quem me tirou e a pessoa que me tirou me indicou o filme The Lady.
   The Lady ou no Brasil chamado de Além da Liberdade é um filme de origem francesa que conta a história verídica de Aung San Suu Kyi, filha do general Aung San. O filme se passa na Birmânia em meio de uma revolução sem fim pela liberdade.
   Aung San Suu Kyi anos após a morte de seu pais está casada com um inglês com o qual teve três filhos. Suu morou essa parte de sua vida na Inglaterra  mas com sua mãe doente na Birmânia foi obrigada pela situação à voltar ao seu país de origem. Na Birmânia, Suu Kyi enfrenta um tempo de violência e com isso decide ficar no país para começar uma verdadeira revolução.
   O filme, como eu já disse, é baseado em uma história real e essa característica fez esse filme ser pisado pela crítica. Eu como crítica de cinema me recuso totalmente a avaliar a parte de adaptação. E ainda mais com esse filme, pois a Birmânia é um país que eu nem desconfiava que existia. É impossível falar sobre uma coisa que eu não sei e mesmo que eu saiba não vou julgar isso no filme, porque se eu quisesse realidade não assistiria um filme biográfico e sim uma biografia em filme, com uma série de depoimentos e imagens reais. Além Da Liberdade mostra a visão do diretor e nessa crítica vou julgar tudo o que vi, não comparando com o que eu sei ou o que eu não sei. 
   Primeiro de tudo quero destacar dois pontos admiráveis do filme: A fotografia e as atuações. The Lady é um filme dirigido pelo diretor Luc Besson, o mesmo que dirigiu o tão mágico As Múmias do Faraó, que infelizmente até hoje não consegui terminar. Enfim, Besson pelo que pude ver se preocupa muito com a tonalidade de seus filmes. A fotografia de The Lady é espetacular, o filme conta com tons de liberdade, como o amarelo e o verde em um tempo de ditadura. As cores do filme sugerem esperança para quem assiste e sente o filme.
   A escolha de Michelle Yeoh para o papel principal foi certa. Não tem como ser melhor. Michelle está excepcional no filme, além de se parecer com a própria Suu Kyi ela também nos passa uma emoção única. O mesmo digo para David Thewlis, que eu nunca consigo reconhecer, mas que sempre deixa aquela marquinha para sempre dizer: "Eu conheço esse ator de algum lugar". 
   A trilha sonora também é impecável e muito bem empregada no filme. 
   É agora que chegamos finalmente na parte crucial do roteiro e talvez da minha crítica: O roteiro. A história desse filme foca mais no relacionamento entre Suu e seu marido Michael Aris. A história de amor deles é bela e comovente, mas aí é quando podemos encontrar um problema. O filme mostra Suu e Michael já casados no futuro, infelizmente não mostra o começo dessa história, como eles se conheceram, quando decidiram morar juntos, terem filhos e outras coisas. A jornada de Suu também não é mostrada. Mas como eu disse é a visão do diretor. Se eu fosse diretora e roteirista do filme eu colocaria essa jornada da personagem, mostraria também o desenvolvimento desse amor dela pela sua pátria e seu desejo pela revolução. Além da adaptação da história eu também acho que o corte de tempo incomodou bastante os críticos. Eu também me incomodei, confesso. O filme mostrou realmente mais essa visão pessoal da roteirista do que a visão da própria Suu Kyi sobre os fatos, não tendo mostrado então as suas motivações políticas.
   Além da Liberdade ainda sim é um filme digno de ser visto. Eu confesso que chorei bastante principalmente no final. Atualmente eu estou apontando cenas que gostei nas minhas críticas, infelizmente não achei vídeos de The Lady, mas a minha cena favorita do filme foi com certeza a cena que Suu Syi passa entre uma fila de policiais armados e enfrenta com um olhar o chefe de missão deles. É a mesma cena da imagem do início da crítica.
   Enfim, eu recomendo o filme para quem gosta de filmes históricos. E por mais que os críticos tenham odiado a parte histórica do filme acho ótimo assistir, pois assim cria um interesse maior pelo assunto. Eu mesma que amei o filme já estou pesquisando a história dessa grande e inspiradora vencedora que é a Aung San Suu Kyi.
   The Lady pode ser baixado com uma excelente qualidade no site O Melhor da Telona com uma excelente qualidade de imagem.

Nota de 1,0 a 5,0 para The Lady:

19 de jan. de 2013

Faça A Coisa Certa (Do The Right Thing, 1989)

   Uau! Eu acabei de assistir a este filme e ainda estou digerindo toda essa dose crítica e social que Spike Lee colocou sobre ele.
   Faça A Coisa Certa ou como eu gosto de chamar pelo título original, Do The Right Thing é um filme dirigido e estrelado pelo tio Spike Lee, diretor de filmes como A Última Noite e Malcom X.
   Spike pessoalmente é um diretor que me agrada muito, pois usa de temas políticos e sociais de uma maneira muito sútil ou até escrachada da coisa para que todos possam realmente enxergar.
   Faça A Coisa Certa se passa nos 80's em um bairro feliz no Brooklyn, o Bedford Stuyvesant, onde pessoas de diversas raças e cores convivem diariamente. A maioria da população do bairro é negra e isso faz que surjam dilemas e desentendimento entre alguns moradores.
   De um lado da moeda conhecemos o jovem entregador de pizza, Mookie interpretado pelo próprio Spike Lee. Mookie inicialmente é o mocinho da estória, um dos únicos negros do bairro que tem um emprego decente.
   Do outro lado está Sal, o chefe durão de Moonkie. Sal tem esse jeito durão, mas no fundo é um homem de coração nobre. A estória realmente começa quando ele tem uma desavença com Buggin, um cliente negro que reclama do mural da fama da pizzaria de Sal.
   "Você não vai colocar nossos irmão na parede?" e a resposta "Eu não vou colocar seus irmãos na parede, porque eu sou o chefe. Quando você tiver uma pizzaria vai poder colocar seu pai, sua mãe, sua tia, sua prima, seu irmão, seu padrasto ou quem você quiser." começaram uma confusão daquelas. Mas por dentro desse estopim simples havia algo muito maior para se começar uma grande guerra, o preconceito. É incrível perceber a maneira que duas pessoas ou menos podem influenciar um povoado inteiro a entrar em guerra. A realidade desse filme é que a maioria dos moradores se ofende usando de termos racistas, mas por dentro eles se amam como uma comunidade ou talvez não bem assim.
   Começando pelo início: Faça A Coisa Certa é um filme realista e atemporal. Não importa o tempo, o filme mostra pessoas que vemos na rua, pessoas próximas a nós, pessoas que conhecemos, humanos. A personalidade humana é clara, o momento em que gratidão passa a ser ingratidão e esperança passa a ser nada. O filme nos apresenta sentimentos humanos comuns, sentimentos do ponto de vista de cada raça e mostra também a maneira que esses sentimentos mudam conforme as atitudes. Do The Right Thing é um filme surpreendente, a atitude errada da pessoa que você menos espera pode surgir a qualquer momento, a pessoa que nasceu para te proteger desprotege e o racismo ainda prevalece. A violência, mesmo que verbal, se espalha por todos os cantos e é necessário apenas de uma ofensa de uma pessoa contra a outra para que todas as outras se ofendam entre si. Para falar desse filme eu faço questão até de postar vídeos com as cenas, pois são tantas memoráveis. A cena abaixo foi uma das minhas favoritas, ela mostra bem isso o que eu acabei de dizer, o começo da violência e do racismo. O vídeo está em inglês, mas se você souber pelo menos um pouco já dá para entender.

   Falando especialmente dessa cena eu queria ressaltar a filmagem. No filme A Última Noite tem uma cena do personagem principal, interpretado por nada mais nada menos que um dos meus atores favoritos, Edward Norton, xingando Deus e o mundo para o espelho, mas aos olhos da câmera ele olha para a gente. Nessa cena especial de Faça A Coisa Certa acontece a mesma coisa, os personagens se xingam, mas aos olhos da câmera eles também estão falando para nós. As ofensas também são muito parecidas com as usadas em A Última Noite. Eu não só notei nessa cena, mas na maioria das cenas do filme que o foco está nos personagens, como se eles estivessem falando para nós. Como todos os diretores têm suas marcas e como eu gosto de definir para divergir um diretor de outro percebi que essa filmagem é bem própria de Spike Lee. Eu pessoalmente adoro esse foco nos personagens, parece que gera uma proximidade nossa com o filme. Digo, não parece, gera sim uma proximidade maior, pelo menos para mim esse foco me fez ficar ligada na expressão dos atores e nos diálogos mais do que qualquer filme filmado com a maioria das cenas em plano aberto. Enfim, falando ainda dessa cena, é sensacional o Salmuel L. Jackson dando um stop na parada dizendo para todo mundo esfriar a cabeça.
   A fotografia do filme é maravilhosa. Os tons amarelados saturados destacam o calor do tempo, mas também destacam a situação realmente quente do momento. A filmagem também é massa. Eu já disse e digo de novo: Eu adoro essa filmagem própria do Spike, é uma filmagem que nos deixa mais próximos aos personagens e as situações. É difícil dizer qual foi minha cena favorita, mas se fosse para escolher algumas seriam as cenas do Radio Raheem. As cenas do personagem foram muito bem orquestradas, dirigidas, roteirizadas, algumas dessas cenas até davam uma pista do que seria o final.

   Uma cena que pode até não ter sido tão importante, mas foi de longe a mais engraçada. O filme não tem muitas cenas engraçadas, mas quando tem é um humor minimalista e inteligente envolvendo todos os temas do filme.

   Prestem bem atenção na cena acima, é uma das melhores cenas do filme. A cena tem um contexto geral envolvido, não posso dizer muita coisa. Enfim, a filmagem dessa cena, a edição foi tão visualmente bem-feita, bem dirigida, eu não tenho palavras mesmo para dizer, eu subestimei Spike Lee.
   Uma verdadeira guerra pode começar por causa de pequenas atitudes. Cada uma das cenas que são mostradas na tela são importantes para o desenvolvimento do filme até o final. O final do filme é marcante, imprevisível. É um final incrível, não sei defini-lo como feliz ou infeliz. No final, Do The Right Thing é um filme para se refletir de todas as maneiras. Não começar uma guerra na violência para que as outras pessoas também não comecem outras guerras, exigir seus direitos de uma maneira racional e pensar bem sempre que for dizer alguma coisa para alguém, saber das consequências de seus atos.
   A música tema também é para se aplaudir de pé. Fight The Power do Public Enemy é mesmo para começar um filme com o pé direito. Eu só tenho um adjetivo para essa música: Massa.
   Eu poderia passar o dia aqui dizendo o quanto o filme é maravilhoso. Mas é impossível dizer o quanto é maravilhoso, nenhuma palavra pode dizer o quanto eu gostei do filme. Do The Right Thing já entrou para minha lista de favoritos. Se você ainda não assistiu eu aconselho a colocar na lista de prioridades, pois esse filme é o filme.
   Desculpem pelo tamanho da resenha, eu acho que me empolguei. Eu falei muito e nem falei sobre uma das cenas que eu mais gostei do filme. Bem, excluíram o vídeo do Youtube, não deu pra postar, infelizmente. A cena em que o Radio vai à pizzaria do Sal também é sensacional. A filmagem dessa cena também foi um marco dentro do filme. Eu ainda estou apaixonada por esse filme, não sei se vou ter moral para assistir outro hoje, mas se eu tiver de noite vai ter crítica nova no blog, fiquem ligados!

Nota de 1,0 a 5,0 para Faça A Coisa Certa:

16 de jan. de 2013

Lady Snowblood de Toshiya Fujita & Kill Bill Vol. 1 e Kill Bill Vol. 2 de Quentin Tarantino


   Segunda postagem composta do blog e ao mesmo tema vingança que nossa primeira postagem composta, Trilogia Vingança de Chan Wook Park. Sim, eu sou apaixonada por filmes sobre vingança, confesso. Mas hoje não estamos aqui para falar da vingança de Chan Wook Park e sim da vingança de Quentin Tarantino e sua noiva assassina samurai e Toshiya Fujita com sua criança do submundo.

Lady Snowblood de Toshiya Fujita
   Antes de falar dessa obra de Tarantino eu preciso começar falando do filme Lady Snowblood do diretor Toshiya Fujita, que foi uma das maiores inspirações para a realização do filme Kill Bill.
   Lady Snowblood é um filme japonês baseado em um mangá chamado Shurayukihime. O filme conta a estória de Yuki, uma mulher que procura vingança pela morte de sua mãe. 
   Eu assisti a esse filme ontem à noite e ontem à noite eu ainda não tinha assistido Kill Bill propositalmente. Eu estava com medo de que Kill Bill influenciasse a minha opinião sobre Lady Snowblood. 
   Lady Snowblood foi um filme que no início me deu sono, mas não porque era um filme chato, eu que estava com sono e os primeiros dez minutos do filme só pioraram esse sono. Se você ultrapassar os primeiros dez minutos o restante do filme corre até os últimos dez minutos de filme, que também dão sono, confesso. 
   Yuki é uma mulher sanguinária. Eu realmente amei os olhares dramáticos da atriz Meiko Kaji. 
   A estória do filme é excelente, por mais que o ritmo do desenvolvimento do filme não tenha me agradado eu gostei muito da estória. Além da boa jornada, o final do filme também foi maravilhoso, para mim foi o ápice da perfeição, valeu pelo filme inteiro!
   Eu não gosto dos filmes antigos por causa da falta de tecnologia. Lady Snowblood é um filme bem a frente de sua época, mas em recursos fica para trás. Eu falo sobre o sangue artificial e sobre a filmagem mal-feita. O sangue é uma verdadeira desgraça e a filmagem do filme muitas vezes desliza no pé, mas se for para levar a época em consideração não parece ser de tanta importância. No final do filme o escuro disfarça muito bem a mediocridade da produção e consegue ser perfeito. 
   O plano de zoom do filme é uma das únicas coisas em que a filmagem não vacilou. Eu amei esses planos na expressão vingativa da Yuki. A expressão de Yuki é a personificação da vingança em uma pessoa, assustadoramente profunda. 
   A trilha sonora obviamente não poderia ser deixada para trás. A trilha é tão boa que foi até reutilizada em Kill Bill. A música final cantada pela própria Meiko Kaji é exemplo disso.
   A questão sentimental é grande sobre esse filme, Lady Snowblood não é um filme para chorar baldes, mas é um filme que coloca sobre a trama um sentido belamente poético.
   Eu só fiz um pequeno resuminho do que eu achei de Lady Snowblood para começarmos a falar e comparar com seu sucessor ou se posso dizer spin-off.


Nota de 1,0 a 5,0 para Lady Snowblood:

Kill Bill Vol. 1 (2003)
   Kill Bill é um filme que tem a mesma temática de Lady Snowblood, mas que diferencia na estória. Dessa vez a diva vingativa é uma noiva assassina. Mamba Negra, como era chamada na organização assassina da qual fazia parte está prestes a se casar, mas seu casamento é impedido por sua antiga gangue liderada por um homem oculto chamado Bill. A trupe assassina invade o casamento de Mamba Negra matando o noivo e todos os convidados. A Noiva também destinada a morrer felizmente ou não para os assassinos, sobrevive ao massacre acordando quatro anos após o coma para buscar vingança.
   A primeira e notável diferença que eu pude notar entre Lady Snowblood e Kill Bill, além da estória foi a personalidade das protagonistas. Enquanto o olhar de Yuki inspirava vingança, A Noiva já era uma personagem mais tranquila. Eu achei um pouco estranho, Yuki se vingou tão amargamente por atos cometidos contra pessoas que ela nem conhecia. A Noiva teve atos cometidos conta ela mesma e da mesma maneira ela não pareceu inspirar toda essa vingança.
   Kill Bill do Tarantino é o conto moderno da vingança. Kill Bill é um filme ainda mais eletrizante do que Lady Snowblood, ele me prendeu desde o início e em nenhum momento me deixou entendiada muito menos com sono. Os diálogos são mais rápidos e as lutas também são muito mais racionarias do que na inspiração.
   Tarantino também com esse meio sanguinário envolve alguns quadros inocentemente tarantinescos de animação. Nos quadros é possível ver que a nossa Lady Snowblood não é realmente A Noiva, mas sim O-Ren Ishii, personagem da maravilhosa Lucy Liu. As cenas de animação são marcantes, cenas que nos fazem pensar em uma animação só do Tarantino, pois são cenas maravilhosas! E por essas cenas faço um pedido que ele não vai ler, mas espero que transmita isso por telepatia: Tarantino, por favor, vá logo embarcar na indústria da animação!
   A trilha sonora de Kill Bill é bem variada e interessante. As músicas são no máximo muito animadas e algumas dessas músicas até remetem ao estilo atual do Tarantino com Django, o western. A música do final do filme, The Flower Of Carnage da nossa querida e sanguinária Yuki, como eu disse anteriormente foi reaproveitada de Lady Snowblood em Kill Bill dando origem a uma cena final também maravilhosa.
   A ordem cronológica ou anti-ordem também me agradou muito nesse filme. Eu me incomodei muito com a ordem cronológica de Cães de Aluguel, mas acabei gostando em Bastardos Inglórios e gostei também em Kill Bill, não foi uma ordem confusa e ainda pareceu que manteve aquele aspecto original.
   Tarantino em sua direção não manteve o plano de zoom. A Noiva é uma ótima personagem, mas como eu já disse ela não tem a expressão vingativa de Yuki e como faltou essa expressão, parece que o Tarantino não tinha muito o que focar, então ele fez apenas focos sutis no rosto da diva Uma Thurman. Focos muito bonitos, eu diria. Mas mesmo assim ainda prefiro um técnica de foco mais exagerada. 
   Kill Bill para mim foi um filme excelente, mas claro que como eu sou metódica e gosto de colocar defeito em tudo tenho que apontar duas cenas que não gostei. O sangue de Kill Bill é ainda mais realista do que Lady Snowblood, mas não significa que em algumas partes o sangue não tenha ficado com um aspecto falsário. Tarantino exagera muito em algumas cenas de violência, coisa que faz o filme tomar uma proporção forçada em algumas partes. Eu até citaria essas cenas, mas seria spoiler, então é melhor deixar que cada um tire suas próprias conclusões.
   Apesar do único defeito que encontrei o filme não perde de maneira alguma a qualidade de ser o filme. Kill Bill é um filme tão charmoso, divertido, massa e todos os adjetivos de cool possíveis. A classe desse filme é incomparável. As lutas finais contra Go Go, Os 88 Malucos e O-Ren foram incríveis, eletrizantes, maravilhosas! 
   A cena final foi bastante semelhança a Lady Snowblood, o molde da cena da neve foi perfeito e não dando um spoiler, mas dando um spoiler, couros cabeludos sendo cortados nos filmes do Tarantino são incrivelmente legais, eu chamaria de very cool entrando no meu modo hipster.
   Kill Bill é um prato cheio para aqueles que gostam de vingança, sangue, matança e ao mesmo tempo com uma dose boa de diversão dramática.

Nota de 1,0 a 5,0 para Kill Bill Vol. 1:

Kill Bill Vol. 2 (2004)
   A continuação do filme Kill Bill começa com uma cena da personagem de Uma falando para nós olhando para a câmera. Quando um personagem informa sua missão exclusivamente para os telespectadores é muito legal, pois é possível sentir uma aproximação com a jornada vingativa da personagem. Eu senti uma proximidade maior com esse segundo filme, nele finalmente podemos conhecer a protagonista e seu nome. Bill também é revelado no segundo filme e sem nenhum mistério podemos nos encarar brevemente com o falecido ator e tão assustador David Carradine.
   Kill Bill Vol. 2 começa bem antes do primeiro filme já no momento anterior ao massacre do ensaio de casamento ocorrido em uma capela no Texas.
   O segundo filme da talvez trilogia assume uma proporção um pouco mais western do que oriental, diferente do que foi no primeiro filme.
   Eu gostei muito do que se rendeu esse segundo filme, pois ele mostra A Noiva bem antes de toda a coisa do casamento. Esse filme tem um roteiro maravilhoso, ele mostra tudo o que a maioria dos roteiristas não se importam em mostrar, como o treinamento da personagem principal, a jornada dela.
   Ao invés de prolongar essa crítica vou confessar que minha opinião não mudou muito do primeiro para o segundo filme. A coisa que eu não gostei no primeiro filme, no caso o exagero, foi corrigido nesse segundo filme, mas ao mesmo tempo foi substituído por outro defeito que consegui encontrar. Kill Bill Vol. 2 não é tão eletrizante como o primeiro filme. Esse eu confesso que me deu um pouco de sono. Algumas cenas foram longas demais e desnecessárias demais, principalmente algumas cenas do momento mais crucial do filme, o final. Vale também dizer que o segundo filme não é tão charmoso como o primeiro, mas que também tem um pouquinho de charme nas lutas nostálgicas, lutas que dão vontade de assistir ao primeiro filme de novo.
   Gostei do encontro de Bill com A Noiva, achei bastante coerente. Enrolou um pouco sim, mas foi básico.
   Kill Bill Vol. 2 me agradou tanto quanto o primeiro ou até um pouco menos que o primeiro, mas é um filme que também vale a pena. Se para entender o primeiro é necessário o segundo, o segundo é um complementar.


Nota de 1,0 a 5,0 para Kill Bill Vol. 2:

11 de jan. de 2013

Alta Tensão (Haute Tension, 2003)

   Dos tempos para cá o cinema francês tem se tornado referência no mundo. Um dos gêneros nos quais o cinema francês interferiu bastante foi o terror. Além de interferir positivamente no gênero em si a França também interferiu no modo das pessoas assistirem terror.
   Alta Tensão é mais um desses filmes que ultrapassa um pouco o legal de terror. O que eu considero como um terror legal? Um terror cheio de sangue. Mas é claro que só isso não basta para ser um terror legal. O terror pra mim é considerado legal quando sangue é ser sangue, realista e as mortes também precisam ser da mesma maneira para que o filme ganhe o título de filme de terror decente. A partir desse ponto é quase caminho andado para o filme se tornar supremo, mas o que mais é preciso para se tornar um filme supremo? O filme supremo para mim existe em qualquer gênero, eu chamo de supremo porque quando o filme é supremo é um filme realmente muito bom. O filme de terror supremo precisa ter além de muito sangue ser um filme bem-feito e claro que o principal de um filme supremo é ter um roteiro bem desenvolvido e uma estória bem amarrada. Alta Tensão é um filme que não é apenas legal, mas também não chega ao nível de ser supremo, eu vou falar a razão no restante da resenha.
   Alta Tensão tem um enredo já conhecido pelos adeptos do gênero terror. O filme fala sobre uma garota que vai conhecer a casa de uma amiga e no primeiro dia da sua estadia na casa chega um homem já querendo matar todo mundo.
   Um monte de gente que eu conheço já havia dito que o filme era surpreendente. Eu sou chata com coisas surpreendentes, pois quando falam que é surpreendente eu começo a criar teorias e acabo adivinhando o filme. Alta Tensão não foi nada que se diga surpreendente, eu já tinha criado essa teoria para o final e fiquei frustrada quando soube que minha teoria estava certa. Mas o filme ainda ganhou pontos comigo por causa da estória. O pessoal lá no Filmow ficou reclamando pelo filme não ter estória, mas eu vi ao contrário do que eles viram, o filme tem uma estória sim!
   Lembram-se da resenha de Rumah Darah? Eu vou até comparar Alta Tensão com Macabro, porque eu achei sim ambos parecidos. Mas a diferença é que se alguém pegar Rumah Darah e depois Alta Tensão vai perceber o que é não ter estória.
   Psicopatia sempre é um bom tema a ser tratado nos filmes de terror. Alta Tensão não foi um filme supremo justamente pelo desenvolvimento da estória. Os personagens principalmente, não foram bem desenvolvidos o bastante para que eu classificasse o filme como realmente muito bom. A explicação para aquele acontecimento foi realmente bem bolado pelo roteirista, mas e o resto? Eu esperava saber da onde aquela atitude se originou, coisa que infelizmente não aconteceu.
   O filme em si chega a ser mais do que legal por causa da estória e do fechamento, mas ainda sim, como eu disse, faltou muita coisa para ser um filme completo. Eu recomendo o filme apesar desse pequeno deslize, Alta Tensão é um filme de terror acima da média do que estamos acostumados a ver atualmente. O gore é muito bem-feito, as atuações são boas, o filme tem uma estória interessante e a tensão é uma coisa que prevalece do início ao fim do filme. Eu destaco também a cena da serra elétrica, não posso dar mais detalhes, mas por essa cena vale o filme. 

Nota de 1,0 a 5,0 para Alta Tensão:

9 de jan. de 2013

The Man With The Iron Fists (2012)

A capa é melhor do que o filme.
   Lembram-se da postagem My TOP 10: Futuros e lançamentos que eu estou louca para assistir? Então vocês também se lembram de The Man With The Iron Fists. 
   Eu disse que queria assistir esse filme por causa da mistureba danada e por causa das lutas chinesas. Assisti e realmente é uma mistureba danada com lutas chinesas, oba!
   O diretor desse filme é o rapper RZA, integrante do grupo Wu-Tang Clan. Por mais que eu seja uma admiradora do rap confesso que nunca ouvi Wu-Tang Clan, mas pelo nome do grupo já tinha essa ideia sobre o que o filme chegaria a ser. Além de diretor do filme, RZA também atua, infelizmente muito mal, no papel principal.
   O filme fala sobre um ferreiro na china feudal e sobre a batalha entre os clãs. 
   Eu vou direto ao assunto: O filme. A maioria odiou o filme, com tantas críticas negativas eu realmente achei que fosse ser pior, mas até que não foi totalmente ruim. Como eu já disse anteriormente, eu adoro rap e a cultura asiática e esse foi um motivo geral para criar um conceito sobre o filme. 
   A trilha sonora é massa, como rap e cultura oriental são duas coisas diferentes a trilha deveria ter sido mais bem calculada para que houvesse um equilíbrio total, mas infelizmente não teve e oque era massa se tornou apenas meio massa.
   A construção do cenário é sim maravilhosa, massa, mas infelizmente também não combinou com o figurino. O cenário é de uma dinastia chinesa e o figurino é de outra dinastia. A concordância é zero, mas o cenário ainda é maravilhoso. 
   Algumas atuações foram boas outras foram realmente descartáveis, mas vale a pena citar. 
   Byron Mann obviamente se divertiu no papel de Leão de Prata, eu gostei demais. O mesmo digo para Russell Crowe que aparentemente não estava nem aí para o filme. E  Lucy Liu como sempre também estava maravilhosa dando vida a Madame Blossom. I love it!
    Do lado ruim da coisa temos o diretor do filme, RZA. O cara é terrível como ator, péssimo de todas as maneiras, pior do que a Kristen Stewart, mas só pra contrariar ele é um bom narrador. Eu gostei muito da narração do filme, confesso.
   Se for para falar de mais pontos negativos que aponto no filme um deles seria o sangue. Eu realmente odeio sangue muito artificial. O filme é estranho, acontece que em algumas partes o sangue é realista e em outras parece tinta guache. Eu posso até perdoar a falha, esse é o primeiro filme do RZA, espero que ele preste mais atenção na próxima vez. 
   Só eu que achei os efeitos especiais ruins? Principalmente na parte em que o homem de ouro se transforma dá pra notar os péssimos gráficos. E quando o RZA corta a cabeça do carinha lá? What the fuck?
   Enfim, apesar dos péssimos efeitos especiais, de algumas lutas surreais e da atuação maravilhosa do RZA o filme não foi tão ruim. A estória é legal e o filme é curto, felizmente não tem muita enrolação.
   Para alguns que assistiram foi ruim, mas acho que vendo pela percepção dos atores, ruim ou não, se me chamassem para um filme desses eu aceitaria na hora, pois quem é que não gostaria de voar com lâminas cortando cabeças enquanto o sangue jorra? Não há nenhum diálogo batido depois do massacre que supere essa sensação.
   Por mim eu recomendo o filme, por mais que tenham seus pontos negativos é um bom entretenimento.

6 de jan. de 2013

Guzaarish - O Pedido (Guzaarish, 2010)

"A vida é muito curta, meus amigos. Mas longa o suficiente se vivida de todo o coração. Então vá e quebre as regras, esqueça a pressa, ame de verdade e nunca se arrependa de algo que o fez sorrir."
(Ethan, Guzaarish - O Pedido)

   Confesso que não sou de chorar em filmes, mas nesse foi inevitável. E como eu poderia não chorar? A estória é emocionante e o filme é perfeito. Sim, eu estou falando sobre o filme indiano Guzaarish - O Pedido, quinto filme da maratona 365 Dias e 365 Filmes.
   Eu fico cada vez mais apaixonada pelo cinema indiano, quanto mais eu assisto mais quero mais. Acho que minha paixão pelo cinema indiano só aumentou do ano anterior para esse ano, antes eu apenas gostava, mas hoje eu posso dizes que viciei, completamente! 
   Indo direto ao ponto: Guzaarish conta a estória de um homem tetraplégico, que em um momento da vida de repente decide recorrer à eutanásia. A eutanásia para quem não sabe não é permitida, então o Ethan precisa recorrer a diversas batalhas judiciais para que seu pedido seja atendido.
   Considero a eutanásia como um tema polêmico, não tão polêmico quanto outros temas, mas é um tema difícil de lidar, já que em um caso de pedido de eutanásia as pessoas e principalmente a família de quem faz esse pedido segue relutantemente. Esse não foi o caso de Ethan, é claro que tiveram personagens que demoraram a aceitar essa partida, como a enfermeira, Sofia. 
   Sofia é devotada a Ethan, ela larga seu marido, sua família e todo o resto só para passar esses momentos difíceis com ele. A prova de amor que Sofia prestou a ele foi uma das mais verdadeiras que uma vez poderia ter existido. O amor deles foi tão verdadeiro e tão emocionante, por mais que houvesse sofrimento nesse filme eu me senti viva, como se estivesse voando, eu acho que essa foi mais ou menos a sensação provocada pelo filme.
   A estória em si já é uma coisa tocante, Ethan aparentemente é um cara alegre, mas por dentro de toda alegria existe aquele sufocamento, como se eles sofresse e ninguém prestasse atenção. Bem, Sophia presta atenção, mas ela é a primeira a odiar a ideia da eutanásia, tipo: "Eu larguei toda minha vida por esse homem e agora ele quer morrer?" 
   Mas o filme não fala só sobre o projeto eutanásia, que Ethan criou para as pessoas votarem tentando convencer o juiz. Guzaarish também mostra algumas cenas de Ethan no passado, eu achei muito interessante aquela coisa do ilusionismo e até a forma que o "acidente" dele aconteceu. As partes da rádio também me comoveram demais, achei lindo ver velhos conhecidos de Ethan pedindo desculpas e até dizendo não ao tal projeto eutanásia. 
   A fotografia é linda. Eu adoro cores frias e com certeza adorei as cores desse filme, não tem como ter dores de cabeça, pois são cores tão belas e delicadas, maravilhoso!
   As atuações são maravilhosas, Hrithik Roshan deu um show, eu nem me lembrava que já tinha visto ele em outro filme, pois ele está realmente irreconhecível no personagem. A Aishwarya Rai também está ótima no filme no papel de Sofia, eu acho que é impossível não se apaixonar, tanto pela atriz como pela personagem. O amor de Sofia por Ethan foi realmente belíssimo. Hrithik Roshan e Aishwarya Rai trabalharam juntos em mais dois filmes, Jodhaa Akbar e Dhoom 2, filmes que eu vou procurar assistir recentemente já que amei a química entre esses atores. 
   Guzaarish é perfeito, eu realmente não sei como falar sobre todas essas sensações que eu tive com esse filme, eu cheguei até a chorar, coisa que nunca acontece.  
   Guzaarish em poucas palavras para mim foi um filme triste, mas nunca deixando de lado o encanto e beleza. E mesmo que morrer possa parecer algo ruim, pode ser uma vez uma sensação de liberdade. Guzaarish - O Pedido nos ensina que a vida é para ser vivida a cada momento sem ressentimentos de ser feliz. A última cena é linda, Ethan aproveita sua vida até o ultimo segundo e isso é realmente uma lição. 
   Guzaarish - O Pedido pode ser encontrado legendado no site Filmes da Índia, lá também tem vários filmes indianos legais para baixar.
   Eu espero que gostem de Guzaarish, não pense em assistir, assista sem pensar, porque esse filme é realmente maravilhoso!
   Gostaram da resenha? Então eu peço que comentem, não sejam fantasmas. Au revoir!

2 de jan. de 2013

Frankenweenie (2012)

   Quem me conhece sabe que eu sou apaixonada pelo cinema Burton, apaixonada sim, muito apaixonada, mas nunca alienada ao ponto de gostar de todos os filmes que ele faz. Eu confesso que dos anos pra cá o Tim pisou na bola comigo fazendo filmes comerciais só para agradar o povão, como foram os dois últimos filmes dele, Alice No País Das Maravilhas e Sombras da Noite. Frankenweenie foi um filme que passa longe de ser comercial, até a mensagem do filme é tudo aquilo que eu diria para o Tim se o encontrasse na rua: Nada dá certo se não for feito de coração.
   Para quem não sabe Frankenweenie foi baseado em um excelente curta do próprio Burton lançado em 1984 e conta e estória de um menino chamado Victor que acidentalmente perde seu cachorro e decide pelo seu amor à ciência e ao cachorro ressuscitá-lo. Bonitinho, não é? No filme além do menino e do cachorro existem mais personagens importantes, como os amigos competitivos de Victor que acabam causando a maior confusão só para venceram a feira de ciências da escola.
   Como o curta o filme também não é muito longo. Eu vi que várias pessoas reclamaram, mas eu como fã fiquei satisfeita, quando a duração é grande demais sempre há aquele risco de enrolação, coisa que não teve no filme. 
   Eu adorei a tonalidade do filme, adoro filmes atuais em preto e branco, sempre tem aquele charme a mais. O Tim já arriscou um em preto e branco, Ed Wood, que para mim foi um dos melhores filmes do Burton. A técnica também foi outra coisa que o Tim já usa há bastante tempo, desde seu primeiro curta Vincent até A Noiva Cadáver e agora Frankenweenie.
   Os personagens desse filme são ótimos, eu adorei todos eles, personagens bizarros, diferentes e alguns até típicos de Burton, como o tio rabugento da Elsa. As dublagens também são ótimas feitas por atores profissionais e até conhecidos nesse mundo burtoniano, como Winona Rynder, Catherine O'Hara e Martin Landau interpretando um professor que é a própria caricatura do ator.
   No filme também há muitas referências a filmes antigos, principalmente a Frankenstein e sua criadora Mary Shelley, além disso também há referências aos Gremlins, A Múmia e ao Godzilla.
   Eu recomendo esse filme para qualquer pessoa, apesar de ser macabro é tão fofo e original. Tim Burton pelo jeito realmente ressuscitou com esse filme, I love it Mr. Burton! 

1 de jan. de 2013

50% (50/50, 2011)

   Joseph Gordon-Levitt tem feito um ótimo trabalho em filmes famosos, como Hesher e Batman: O Cavalheiro das Trevas Ressurge. Eu sou suspeita a falar, Joseph Gordon é o tipo de ator atual que eu gosto, um dos atores atuais que ainda tem um futuro brilhante no mundo do cinema. Ele foi a minha principal razão depois de estória para assistir o drama 50/50. 
   A história baseada em fatos reais gira em torno de um jovem que descobre que tem câncer. Pode parecer algo muito simples, mas é algo que o filme mostra com transparência de um modo realista e ao mesmo tempo positivo. 
   Adam, personagem do Joseph Gordon-Levitt, é um jovem correto, o tipo de pessoa que não daria para imaginar um tumor, ele não fuma, não bebe e não é um viciado em sexo, coisa que faz ele ser o último caso propenso a ter uma doença tão terrível. Depois que ele descobre que tem câncer começa a tentar aproveitar a vida como nunca aproveitou, mas as chances de Adam sobreviver após a quimioterapia é de 50% e tudo o que esse personagem pode ter é a esperança de viver.
   Câncer é uma doença realmente triste, eu pensei que o filme fosse uma tristeza, choradeira total, mas estava enganada. A coisa mais legal do filme foi que mostrou mais a parte da amizade e do amor, a verdadeira amizade onde um amigo permanece até o final com você sempre querendo o seu bem e o amor onde uma pessoa te acompanha e te entende mesmo nos piores momentos da vida. 
   50% foge dos clichês, se você espera um filme trágico recomendo que procure outro porque esse filme é tão alto-astral que eu nem acreditei no tema. 50/50 é também um filme que surpreende, não sabemos se esperamos o melhor ou o pior, então o que acontece no final é uma surpresa. Mas em geral eu defino esse filme como fofo. 
   A maior parte de comédia fica para o Seth Rogen interpretando o amigo mulherengo de Adam, apesar de ser um humor com uma linguagem mais chula é um humor muito divertido. 
   A parte de drama já fica mais para o Joseph Gordon-Levitt, por mais que ele não tenha tido uma grande modificação para interpretar o personagem foi maravilhoso! 
   Não vou prolongar muito essa resenha, mas recomendo esse filme para qualquer pessoa, pois é um filme tão leve, bonito e principalmente fofo. Eu nem consegui chorar só consegui ficar falando o filme inteiro: Awwwwwwwwwwwn! 
   Dou até a dica para assistir esse filme com os pais, eu assisti com minha mãe e ela também achou fofo e triste, adoramos o filme e olha que minha mãe nunca gosta de nada.  

H (2002)

   Ano novo e um filme que quero assistir desde 1999. Minto e exagero, não desde 1999, eu nem era nascida nessa época e o filme nem tinha sido lançado. Enfim, eu queria assistir desde ano retrasado, mas não encontrava legendado em lugar nenhum até que eu só fui encontrar esse ano no fórum do Asian Team e só comemorei já que não tinha desistido do filme ainda. Eu não desistiria por nada, até porque no elenco tem dois atores coreanos que eu adoro atuando juntos em um suspense policial envolvendo um assassino. Eu com certeza tinha que assistir!
   Hoje eu comecei minha maratona de 365 filmes com Donnie Darko, como eu disse na postagem anterior. Eu ia comentar Donnie Darko aqui, mas deixei pra lá já que é um filme que não se comenta, pois existem milhões de interpretações diferentes. Eu decidi então comentar meu segundo filme da maratona, que não é menos genial, mas que possui um entendimento único. 
   H tem uma estória bem simples. As coisas começam a acontecer do nada já no início do filme encontram uma mulher morta e não parece ser nada demais até a polícia encontrar outro corpo de outra mulher que também estava grávida. Os dois homicídios eram iguais e iguais também aos homicídios ocorridos e investigados pela polícia há tempos atrás, mas o culpado já estava preso, então aí que a polícia fica complicada com as teorias: Poderia o culpado ser um copiador ou um discípulo do assassino original? 
   Confesso que o filme é um pouco lerdo, eles arrumam muitas desculpas para mostrar como é a vida da polícia e até que retratam direitinho, não tem todo aquele sonho policial onde todos os policiais estão interessados em pegar o assassino. Mas para deixar o filme ainda mais eletrizante tinha que ter um detetive louco pela verdade e esse era o detetive Kang interpretado pelo Ji Jin Hee.
   Eu adorei ver o Ji Jin Hee de detetive e ainda mais trabalhando com a diva Jung Ah Yum, os dois deram um show nesse filme!
   Não posso falar muito sobre o filme, pois vou acabar dando algum spoiler, mas é um filme surpreendente do tipo que te faz querer se bater no final, pois nada que você esperou era o que é realmente. Uma das coisas mais surpreendentes é que H tem um significado especial, pra mim H não era porcaria nenhuma ou era a inicial do assassino do filme, mas fiquei surpresa em saber que tinha realmente tudo a ver com a estória.
   O diretor fez algumas ligações inteligentes, por mais que a gente desconfie do verdadeiro assassino algo pode mudar para confundir mais a cabeça da gente e isso é verdadeiramente interessante e inteligente. 
   A produção é boa, o sangue é bem realista. A única coisa que me incomodou foram as jogadas de câmera, principalmente no final com aquela câmera andando pra lá e pra cá e o filme que não acaba. Eu acabei perdendo a paciência em alguns momentos por odiar o foco mudando toda hora.
   Eu comecei minha maratona assistindo filmes com minha mãe, mas esse eu não recomendo muito pra ver com a mãe. Eu assisti com a minha e ela me soltou a frase: "Esses japoneses são tudo esquisitos". Mãe, não são japoneses, são coreanos, ok? Vou passar longe da minha mãe sempre que for assistir filmes sul coreanos.
   Pelo que vi hoje valeu muito a pena esperar para assistir esse filme, pois surpreendente seria o sinônimo desse filme incrível.

Maratona 365 Dias e 365 Filmes

   No ano passado eu estava planejando fazer a maratona 365 dias de filmes para esse ano e comecei hoje com Donnie Darko. Mas por que informar aqui no blog? É porque eu pretendo resenhar a maioria dos filmes que assistir nessa maratona aqui no blog e espero que seja muito divertido, inclusive ter novas experiências e poder suprir indicações. 
   Eu desejo um feliz ano novo a todos vocês e quem também for fazer maratona eu desejo uma boa sorte e bons filmes!